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21 de agosto de 2009

A mestria

Não consigo publicar o vídeo, mas basta clicar aqui para ouvir Leonard Cohen a recitar um dos seus muitos belíssimos poemas:


"You came to me this morning
And you handled me like meat.
You´d have to be a man to know
How good that feels, how sweet.
My mirror twin, my next of kin,
I´d know you in my sleep.
And who but you would take me in
A thousand kisses deep?

I loved you when you opened
Like a lily to the heat.
You see, I´m just another snowman
Standing in the rain and sleet,
Who loved you with his frozen love
His second-hand physique,
With all he is, and all he was
A thousand kisses deep.

I know you had to lie to me
I know you had to cheat
To pose all hot and high
Behind The veils of sheer deceit
Our perfect porn aristocrat
So elegant and cheap
Im old but Im still into that
A thousand kisses deep.

I'm good at love, I'm good at hate,
It's in between I freeze.
Been working out, but it's too late,
It's been too late for years.
But you look good, you really do,
They love you on the street,
If you were here, I'd kneel for you
A thousand kisses deep.

The Autumn moved across your skin,
Got something in my eye,
A light that doesn't need to live,
And doesn't need to die.
A riddle in the book of love,
Obscure and obsolete
Til witnessed here in time and blood
A thousand kisses deep.

And Im still working with the wine
Still dancing cheek to cheek
The band is playing Auld Lang Syne
But the heart will not retreat
I ran with Diz, I sang with Ray,
I never had their sweep
But once or twice they let me play
A thousand kisses deep.

I loved you when you opened
Like a lily to the heat.
You see, I´m just another snowman
Standing in the rain and sleet,
Who loved you with his frozen love
His second-hand physique,
With all he is, and all he was
A thousand kisses deep.

But you dont need to hear me now,
And every word I speak,
It counts against me anyhow
A thousand kisses deep."

13 de maio de 2009

Mais um desvio

Original daqui

Nos últimos tempos não tenho andado muito ligada às cosidelas. Tenho feito pouca coisa e mesmo o que me têm pedido tem demorado a sair... a preguiça tem ganho, admito.
Por isso, mais uma vez, vou fazer um desvio do objectivo deste cantinho blogosférico e colocar aqui uma coisa que nada tem nada a ver com bonecos, nem malas, nem tecidos, nem nada disso.
Um post neste blogue fez-me ir à procura da versão completa de uma das mais famosas crónicas do Miguel Esteves Cardoso que já outras vezes tinha lido, originalmente publicada no Expresso em Novembro de 2005. Aqui fica então o Elogio ao Amor:

"Há coisas que não são para se perceberem. Esta é uma delas. Tenho uma coisa para dizer e não sei como hei-de dizê-la. Muito do que se segue pode ser, por isso, incompreensível.
A culpa é minha. O que for incompreensível não é mesmo para se perceber. Não é por falta de clareza. Serei muito claro. Eu próprio percebo pouco do que tenho para dizer. Mas tenho de dizê-lo.
O que quero é fazer o elogio do amor puro.
Parece-me que já ninguém se apaixona de verdade.
Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão.
Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática. Porque dá jeito. Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado. Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido. Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria.
Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e à mínima merdinha entram logo em "diálogo".
O amor passou a ser passível de ser combinado. Os amantes tornaram-se sócios. Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões.
O amor transformou-se numa variante psico-sócio-bio-ecológica de camaradagem. A paixão, que devia ser desmedida, é na medida do possível. O amor tornou-se uma questão prática. O resultado é que as pessoas, em vez de se apaixonarem de verdade, ficam "praticamente" apaixonadas.
Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há, estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço.
Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje. Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "tá bem, tudo bem", tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, bananóides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas.
Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo?
O amor é uma coisa, a vida é outra. O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida, o nosso "dá lá um jeitinho sentimental".
Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Odeio os novos casalinhos. Para onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraços, flores. O amor fechou a loja. Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade.
Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo. O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. É uma questão de azar. O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto.
O amor é uma coisa, a vida é outra. A vida às vezes mata o amor. A "vidinha" é uma convivência assassina.
O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima.
O amor não se percebe. Não é para perceber. O amor é um estado de quem se sente. O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende.
O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária. A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser.
O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe. Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém.
Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não esta lá quem se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, o amor que se lhe tem.
Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado, viver sozinho, triste, mas mais acompanhado do que quem vive feliz. Não se pode ceder. Não se pode resistir.
A vida é uma coisa, o amor é outra. A vida dura a Vida inteira, o amor não. Só um mundo de amor pode durar a vida inteira. E valê-la também."

21 de março de 2009

Abrir os olhos

Hola Aitana, me llamo Josep Mascaró y tengo 102 años. Soy un suertudo.
Suerte por haber nacido, como tú, por poder abrazar a mi mujer, por haber conocido a mis amigos, por haberme despedido de ellos, por seguir aquí.
Te preguntarás cual es la razón de venir a conocerte hoy, es que muchos te dirán que a quien se le ocurre llegar en los tiempos que corren, que hay crisis, que no se puede, ¡ja!, esto te hará fuerte. Yo viví momentos peores que éste pero, al final, de lo único que te vas a acordar es de las cosas buenas.
No te entretengas en tonterías, que las hay, y vete a buscar lo que te haga feliz, que el tiempo corre muy deprisa.
He vivido 102 años y te aseguro que lo único que no te va a gustar de la vida es que te va a parecer demasiado corta.
Estás aquí para ser feliz.

Será apenas um anúncio à "água suja do capitalismo", mas serve bem como abre-olhos!

15 de março de 2009

Ar puro e paz ao Domingo

Fazer caminhadas é uma das coisas que mais prazer me dá; subir uma serra faz-me mesmo muito bem. Depois de uma longa paragem, hoje foi dia de ir à Fórnea e a coisa foi assim:

começámos aqui e o objectivo era seguir sempre em frente, até lá acima...

depois da Cova da Velha, só faltava subir até ao topo... e esta foi a parte fácil, acreditem!

com muito esforço, finalmente o objectivo estava atingido!

com uma ajudinha, até a Júlia chegou lá acima

o topo da Fórnea é assim

e pronto, agora era só descer até à casa da partida

E venham mais Domingos de ar puro e paz!

28 de janeiro de 2009

Gostar à bruta


Há um blogue onde gosto de ir passando, o "Gostar à bruta", porque o seu autor escreve, lê e vê muitas coisas com que me identifico. O escrito de ontem é imperdível e tão verdadeiro... passem por aqui e deliciem-se à bruta!

13 de outubro de 2008

26 de setembro de 2008

Beleza pura

Se um dia eu chegasse ao calcanhares desta artista...